Um estádio mal acabado, uma torcida
bem animada e duas equipes incapacitadas. O saldo de Irã 0 x 0 Nigéria na Arena
da Baixada, em Curitiba, só poderia ser este mesmo. Enquanto
"xeiques" e "chefes de tribos africanas" se divertiam nas
arquibancadas, iranianos e nigerianos protagonizavam o primeiro jogo sem gols —
e também o primeiro empate — da Copa do Mundo do Brasil.
Nas cadeiras acinzentadas
— mais pelos resquícios de cimento do que pela cor propriamente dita —, os torcedores
vaiaram muito as seleções após a partida. Ruim para a plateia, pior para as equipes,
que ainda têm pela frente Argentina e Bósnia. Tentar angariar uma vaga na
segunda fase, pelo que se viu, parece uma missão tão difícil quanto foi se
manter acordado durante a partida.
2 a 1. Um ótimo palpite
no bolão do trabalho para a partida entre Gana x Estados Unidos. Nas últimas
duas Copas, este foi o placar do confronto, favorável em ambas as oportunidades
para a seleção ganesa. Porém, na versão Arena das Dunas do duelo, os
norte-americanos levaram a melhor e finalmente se vingaram.
Dempsey mostrou
logo de cara que a noite seria ianque. Em bela jogada individual, ele abriu o
marcador aos 28 segundos — o sexto gol mais rápido da história das Copas. O
jogo se arrastou pelo resto do tempo, até que, aos 37 da segunda etapa, Andre
Ayew empatou em uma ótima trama do ataque ganês. A alegria durou pouco. A massa
estadunidense voltou a sorrir com a subida imponente do zagueiro reserva Brooks
— ele havia entrado no jogo há dez minutos. De cabeça, o zagueiro marcou o seu primeiro gol em Mundiais e garantiu a vitória dos
pupilos do Tio Sam.
