"I believe. I
believe that. I believe that we. I believe that we will win". Nas cadeiras azuis da Fonte Nova, o mantra norte-americano empurrou o Soccer Team durante os 120 minutos. Sim, 120,
porque pela quinta vez nessa Copa do Mundo uma partida de oitavas de final terminou
em prorrogação.
Os primeiros 90
minutos tiveram a Bélgica dominando o jogo, mas sem conseguir furar a barreira
do goleiro ianque — Howard literalmente infernizou a vida dos Diabos Vermelhos.
O empate por 0 a 0 só foi quebrado aos 3 minutos do tempo extra, após a entrada
de Lukaku. O camisa 9 entrou na área e tocou para De Bruyne, que limpou a zaga
e bateu cruzado, vencendo, enfim, o goleiro Howard. No último lance do primeiro
tempo da prorrogação, De Bruyne retribuiu o passe e Lukaku fez o dele: 2 a 0; mas o duelo não estava resolvido.
Eletrizante. Foi
assim a segunda etapa da prorrogação. Os americanos descontaram logo no início,
com Green, após belo passe de Bradley, e foram para cima. A torcida cantava a
plenos pulmões que acreditava, o time se lançou ao ataque, teve oportunidades
claras, mas não empatou. O abraço de Klinsmann e Wilmots, amigos dos tempos de
jogador, selou uma das melhores partidas da segunda fase, que quebrou recordes
e agitou a Fonte Nova.
Ao todo, os belgas
chutaram 38 vezes contra o gol de Tim Howard — o maior número de finalizações
de uma equipe em Copas do Mundo. Isso ajudou, inclusive, que o goleiro
americano também batesse um recorde: o de maior número de defesas em uma
partida de Mundial: 16.
Para quem perguntava
por onde andava a "ótima geração belga" que chegou com pinta de
favorita ao Brasil, a resposta é: nas quartas de final.