
Os
equatorianos eram maioria nas cadeiras vermelhas do Mané Garrincha, apesar de
alguns pontos esparsos, em razão das filas que atrasaram a entrada dos
torcedores. Contrapondo com a superioridade na torcida, os suíços foram
melhores em campo. Mas quem saiu na frente foi o Equador, com uma cabeceada de Enner
Valencia no primeiro tempo.
Na
volta do intervalo, a pequena parte vermelha da Suíça no canto do estádio foi
presenteada com o gol de empate, de Mehmedi, também de cabeça. E quando o
Equador se lançou ao ataque nos instantes finais, coube a Seferović sair
do banco de reservas direto para a glória. O contragolpe traduzido em gol deu a
vitória aos suíços, que largaram na frente do Grupo E. Pelo menos até a França entrar em
campo.
O torcedor que compareceu ao Beira-Rio
para ver a França jogar não se arrependeu. Já o torcedor que compareceu ao
Beira-Rio para ouvir La Marseillaise, o belíssimo hino francês, saiu desapontado.
Por uma falha no sistema de som do estádio, os hinos da FIFA e das seleções francesa
e hondurenha não foram executados antes do início do jogo. Para piorar, os
jogadores tiveram de esperar quase cinco minutos para dar o pontapé inicial, a
fim de cumprir o horário da partida. A tarde em Porto Alegre realmente estava
longe de ser comum.
Como era de se esperar, os franceses começaram
pressionando. Duas bolas na trave depois, Pogba e Wilson Palacios se estranharam
e os dois receberam cartões amarelos. Pior para o hondurenho, que aos 40
minutos chegou com o ombro nas costas do mesmo Pogba de outrora, cometeu o pênalti
e foi expulso. Benzema cobrou forte e abriu os trabalhos.
No comecinho do segundo tempo, o lance
mais polêmico entrou para a história: Benzema completou o cruzamento e acertou
a trave. A bola correu pela linha do gol até as mãos de Noel Valladares, que se
atrapalhou e a deixou entrar. O árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci
imediatamente confirmou o gol, muito contestado pelos hondurenhos.
A jogada tomou proporções ainda maiores
quando o replay tecnológico foi apresentado nos telões do estádio Beira-Rio. A
torcida acompanhou com angústia a bola tocar na trave e, em seguida, entrar. No
entanto, o momento histórico foi recheado de reclamações. Não adiantou nada.
A França chegou ao terceiro em mais um
lance de Benzema, que pegou o rebote e encheu o pé. Animados, os Bleus foram em
busca do quarto gol — o centésimo na história das Copas —, mas ele não saiu. Não
que isso tenha feito alguma diferença para os franceses nas arquibancadas.
CLASSIFICAÇÃO
DE LETRA NA ARENA
Rafael Bauer no Mané Garrincha
Clique para ampliar as fotos
Nenhum comentário:
Postar um comentário