sábado, 7 de junho de 2014

Grupo F | Argentina

Messi comanda a Argentina

favorita com fome de gols




Hermanos surgem como adversários do Brasil numa possível final histórica da Copa do Mundo. Antecipo meu prognóstico e revelo a torcida por uma final Brasil x Argentina no dia 13 de julho, no lendário Maracanã. Seria uma decisão histórica e um prêmio ao futebol mundial. Essa é a minha torcida. Já a minha previsão é que a Alemanha estará na grande decisão. Mas tudo é aposta e o que valerá é realmente quando a bola rolar.

De certo é que a Argentina tem futebol para chegar à decisão. É fato. E vou mais além: qualquer campanha que não leve a seleção argentina até a semifinal, no mínimo, será de uma enorme decepção. Os Hermanos têm um time poderoso e comandado por um gênio chamado Lionel Messi. Então ficar entre os quatro primeiros é obrigação.

Messi, craque do Barcelona, é o grande nome da seleção da Argentina. O camisa 10 encara o Mundial em terras brasileiras como a sua Copa do Mundo. A competição para ele vencer e se consagrar de vez, calando àqueles que ainda ousam duvidar do seu potencial como um gênio da bola. Com Messi, a Argentina chega forte ao Brasil. Do meio-campo para frente é uma equipe mágica, forte e que promete ser avassaladora tamanho o poder de fogo dos comandados de Alejandro Sabella.

É fato que a Argentina tem um sistema defensivo frágil. Também pudera o maior rival sul-americano do Brasil ter a equipe avassaladora do meio para frente e apresentar ainda uma defesa firme, segura. Seria realmente uma covardia com os adversários.

Sendo assim, o polivalente Javier Mascherano cumpre o papel de desarmar as jogadas rivais, aliviando a pressão em cima da zaga formada por Ezequiel Garay e Federico Fernández. As laterais também são setores fragilizados de uma Argentina que promete, na base da força e do talento, compensar a fragilidade defensiva e caminhar rumo a mais um título Mundial.


O sonho e o pesadelo

FIQUE DE OLHO: Ángel Di María chega ao Mundial com o título de campeão europeu e fome de gols.





















Todos os holofotes estão em Lionel Messi e seus parceiros de frente. No entanto, Sabella sabe quem são os jogadores chaves do time, bem como os mais fragilizados e que precisam ser vigiados pelo esquema.

O talentoso Gago tem o papel de segundo volante, com a missão de tomar a bola e dar qualidade à saída, o que sabe fazer muito bem. Para tanto, conta com Mascherano de um lado e mais à frente Di Maria. Já o novato lateral-esquerdo Marcos Rojo e o zagueiro Frederico Fernández são o “calcanhar de Aquiles” de Sabella e não contam com a confiança do torcedor argentino.

Ciente da fragilidade do time como um todo, Sabella buscou dar espírito de equipe à seleção e conseguiu. O time joga atualmente com espírito coletivo, atacando e defendendo em grupo, o que compensa de certa forma a fragilidade de alguns setores da equipe.


O Cara

ESSE É O CARA: Messi comemora gol contra o Uruguai nas Eliminatórias. Ele quer repetir o feito do vizinho há 64 anos.





















Dentre as estrelas da Copa do Mundo, o argentino Lionel Messi é a maior delas. Eleito o melhor jogador do mundo nas últimas quatro temporadas, Messi é a grande esperança de título para a Argentina, que não é campeã do mundo desde 1986.

O camisa 10 já disputou duas Copas (2006 e 2010), mas acabou eliminado em ambas para a Alemanha, nas quartas de final. Craque, o jogador do Barcelona vê ainda o Mundial como o maior desafio para superar as cobranças dos críticos, que teimam em não colocá-lo no topo devido à ausência de uma Copa do Mundo no currículo.

Messi tem 26 anos e chega no auge da carreira para o Mundial do Brasil. Defende uma seleção argentina já pronta e competitiva, sobretudo do meio para a frente. O setor defensivo preocupa, é fato, mas é um time que tem um poder de fogo que de certa forma compensa a deficiência defensiva da equipe. Messi vê a Copa do Mundo do Brasil como a grande chance de conquistar o topo do mundo com a camisa da seleção argentina.

Nas Eliminatórias sul-americanas ficou claro que o jogador se sente bem mais à vontade com a camisa da seleção, conseguindo apresentar todo o seu futebol. Messi é um gênio da bola, mas que demorou a deslanchar com a camisa de seu país.

O sucesso no Barcelona jogava contra o craque, que era cobrado fortemente pelo fato de o futebol apresentado no clube catalão não se repetir na seleção argentina. As coisas mudaram e Messi vem forte e motivado para o Mundial do Brasil.

É aguardar e contar as horas para ver Messi atuar em campos brasileiros. Os torcedores daqui e todos os amantes do futebol terão a chance de ver o camisa 10 em ação em mais um Mundial. Isso é um privilégio.


ESQUEMA TÁTICO: 4-3-3

Um time fiel ao esquema 4-3-3, com Messi fazendo a função de falso camisa 9 e tendo a companhia de Gonzalo Higuaín e Sergio Agüero. No entanto, o maior destaque vem detrás, com o rápido e insinuante Di María, que atua como um meia-esquerda sem a bola, mas quando a seleção está com a bola torna-se um quarto atacante para temor das zagas adversárias.



4-3-3 (clique para ampliar)





















(clique para ampliar)










Fabio Salgueiro,
jornalista, é um amante do futebol e de pessoas





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