
A Nigéria sabia dos
riscos. A França não só tinha uma campanha impecável, como também contava com
Karim Benzema, o "artilheiro dos gols roubados" — seus quatro gols
poderiam ser seis, não fossem as arbitragens. Mas havia algo ainda mais
preocupante para as Super Águias: o retrospecto africano no Mané Garrincha.
Se a Fonte Nova, em
Salvador, ficou conhecida como a "arena dos gols" — foram 24 em cinco
partidas, média de quase cinco gols por jogo —, o Mané Garrincha virou o
"cemitério dos africanos". O estádio havia assistido a três derrotas de seleções
africanas — Colômbia 2 x 1 Costa do Marfim, Camarões 1 x 4 Brasil e Portugal 2
x 1 Gana —, e a Nigéria não queria ser o próximo 'defunto'.
Não teve jeito. Mesmo
com o apoio maciço dos brasileiros, a França confirmou o favoritismo e fez da Nigéria
o quarto africano derrotado em Brasília. O bom goleiro Enyeama até que conseguiu
parar o ataque francês, com Benzema e Giroud, mas foi um meio-campista (Pogba)
e um de seus próprios zagueiros (Yobo, contra) que definiram o placar, aos 34 e 46
minutos da etapa final, respectivamente.
Com o
Uruguai fora, sobrou para a França o papel de fantasma nessa Copa.
DE LETRA NA ARENA
João Luiz Ferreira no "Cemitério dos Africanos"
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