quinta-feira, 3 de julho de 2014

8° de Final | O Cemitério dos Africanos













O sol da uma da tarde em Brasília era um adversário mais difícil que a própria Nigéria. Por isso, os franceses — estreantes na hora do almoço — se prepararam com cautela, treinando duas vezes na capital federal em horários bem próximos ao da partida. Para a sorte dos Bleus, os 30°C baixaram para 27°C, e quem esquentou o jogo mesmo foi o calor da torcida.

A Nigéria sabia dos riscos. A França não só tinha uma campanha impecável, como também contava com Karim Benzema, o "artilheiro dos gols roubados" — seus quatro gols poderiam ser seis, não fossem as arbitragens. Mas havia algo ainda mais preocupante para as Super Águias: o retrospecto africano no Mané Garrincha.





















Se a Fonte Nova, em Salvador, ficou conhecida como a "arena dos gols" — foram 24 em cinco partidas, média de quase cinco gols por jogo —, o Mané Garrincha virou o "cemitério dos africanos". O estádio havia assistido a três derrotas de seleções africanas — Colômbia 2 x 1 Costa do Marfim, Camarões 1 x 4 Brasil e Portugal 2 x 1 Gana —, e a Nigéria não queria ser o próximo 'defunto'.

Não teve jeito. Mesmo com o apoio maciço dos brasileiros, a França confirmou o favoritismo e fez da Nigéria o quarto africano derrotado em Brasília. O bom goleiro Enyeama até que conseguiu parar o ataque francês, com Benzema e Giroud, mas foi um meio-campista (Pogba) e um de seus próprios zagueiros (Yobo, contra) que definiram o placar, aos 34 e 46 minutos da etapa final, respectivamente.

Com o Uruguai fora, sobrou para a França o papel de fantasma nessa Copa.























DE LETRA NA ARENA


João Luiz Ferreira no "Cemitério dos Africanos"









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