quinta-feira, 3 de julho de 2014

8° de Final | O Exército de Um Homem Só













Uma nação sem exército pode ser encarada como um povo que não tem como se defender. Ledo engano. Apesar de a Costa Rica ter abolido as forças armadas há mais de 60 anos — o presidente à época acreditou que os militares mais atrapalhariam do que ajudariam —, o país não se encontra totalmente desprotegido. As defesas de Keylor Navas têm salvado à pátria dos bombardeios inimigos.

Na Arena Pernambuco, as tropas gregas estavam no lucro. Em duas oportunidades (1994 e 2010), os helênicos sequer passaram da fase de grupos — agora, queriam mais. Los ticos, por sua vez, já haviam chegado ao mata-mata, em 1990. Mas vencer Itália e Uruguai e abocanhar a primeira colocação num grupo com três campeões mundiais era mesmo uma façanha.




















Navas foi o personagem principal do confronto desde o primeiro tempo, quando defendeu um chute à queima-roupa de Salpingidis. Na segunda etapa, ele assistiu a Bryan Ruiz abrir o placar com um chute mascado, colocado, que imobilizou toda a defensiva grega, do goleiro aos laterais, passando pelos zagueiros. Nos acréscimos, porém, Navas foi traído pela bola. Papasthatopoulos — ou simplesmente Sokratis — aproveitou o rebote do goleiro e empatou.

Na prorrogação, os deuses pareciam estar do lado costarriquenho, tamanho o número de chances desperdiçadas pelos gregos. Navas salvou o chute de Mitroglou no último minuto do tempo extra, e o jogo continuou empatado. Nos pênaltis, os deuses nem precisaram se intrometer.



















Depois de uma sequência perfeita de cobranças de ambos os lados, Navas voou e defendeu a batida de Gekas, a quarta dos gregos. O zagueiro Umaña converteu o quinto e selou a vitória costarriquenha por 5 a 3. Entre as oito melhores equipes do torneio, a Costa Rica já se considera vencedora. Mas Navas e seus companheiros acreditam que ainda podem mais: azedar o caldo laranja.







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