quarta-feira, 11 de junho de 2014

Grupo B | Espanha

Quem para a Fúria?






Até ser campeã do mundo, em 2010, a Espanha era lembrada como a equipe que sempre nadava, nadava e morria na praia. Foi assim na Copa do Mundo de 1950, no Brasil, quando a Fúria (apelido da seleção espanhola) chegou ao quadrangular final e foi embora depois de ser massacrada pelos brasileiros por 6 a 1. Mais recentemente, os espanhóis montaram grandes seleções com nomes famosos e protagonizaram derrotas inexplicáveis, como a precoce eliminação na primeira fase de 1998 e a polêmica partida contra a Coreia do Sul nas quartas de 2002.

A história começou a mudar de figura em 2008, quando, com um gol do iluminado, grosso e #naoseicomovirouprofissional Fernando Torres, a Espanha venceu a sempre poderosa Alemanha na final da Euro. Embalada, dois anos depois se sagrou campeã mundial pela primeira vez, vencendo nosso carrasco laranja na decisão — o primeiro país europeu a levar uma Copa fora do velho continente.

Os espanhóis mostraram ao mundo um futebol de toques rápidos e uma insuperável posse de bola nunca antes vista no futebol. Era o chamado "tiki-taka", um sistema de jogo onde se valorizava o controle de bola à exaustão. E o que parecia um jogo chato e sem criatividade se transformou numa marca registrada de brilho do eficiente plantel espanhol.

ESSE CONHECE: Iniesta e a Espanha vão encarar novamente a Holanda. Mas sem prorrogação


















Não parou por aí. Dois anos depois, a Espanha voltou a conquistar a Europa, com direito à goleada sobre a Itália, 4 a 0, para não deixar dúvidas. É normal ficar com o pé atrás depois de tudo isso, pensando até onde irão, e a pergunta que fica é justa: conseguirão os pupilos de Vicente Del Bosque faturar o quarto grande título consecutivo? Muita gente duvidou em 2012.

A verdade é que dois anos não acabam com uma grande seleção. Se levarem o bi no Brasil, uma avalanche de recordes surgirá: Vicente Del Bosque, o primeiro técnico a conquistar duas Copas; Espanha, a primeira seleção europeia a vencer no continente americano, e por aí vai. Para a torcida espanhola, só mesmo um sonho desses para fazer esquecer o pesadelo vivido com a economia do país.

Jogadores para isso eles têm. Mas o que era talento outro dia agora virou superação. Iniesta, Xavi e Casillas não estão em sua melhor forma física, e parecem mais preocupados em mostrar o contrário — uma boa solução para o trio seria mudar para Miami e viver com o Tio Patinhas.

FIQUE DE OLHO: Diego Costa chega (de volta) ao Brasil como a grande esperança espanhola. .


















Se já não bastasse os problemas com a velha guarda, Diego Costa, o brasileiro "vira-casaca" da nova geração, recupera-se de uma lesão que o tirou da final da Champions League. Talvez por isso não repita o mesmo sucesso de outro brasileiro naturalizado espanhol, Marcos Senna, que brilhou na seleção em 2008.

Para cumprir a árdua tarefa de manter a hegemonia, os espanhóis primeiro terão que superar Holanda e Chile no Grupo B para depois, quem sabe, pensar no Brasil. E se esse confronto realmente acontecer, que a noitada espanhola na Copa das Confederações se repita.

NO ESQUEMA: 4-4-2


O tiki-taka é o coração da seleção espanhola. Nos pés de Iniesta e Xavi a bola passeia de uma lado para o outro, sempre esperando a melhor oportunidade para dar o bote.

4-4-2 (clique para ampliar)






Histórico em Copas (clique para ampliar)























Xico Boggio,
empresário das noites de São Paulo




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