A febre se espalhou
pelo Pantanal. Um dos ecossistemas mais ricos do mundo conheceu nesta semana os
"cafeteros". Amarela e muito agitada, esta espécie se caracteriza pela alegria e pelo apoio incessantes nas arquibancadas. A Colômbia quando joga
é uma festa dentro e fora de campo. Contra o Japão, no encerramento do Grupo C,
não foi diferente.
Mesmo
classificados, os colombianos passearam na Arena Pantanal. Ainda assim, o
primeiro tempo terminou igual, com um gol de Cuadrado, de pênalti, e outro de Okazaki,
no último lance. Na etapa complementar, os dois gols de Jackson Martínez deram espaço para as homenagens. A cinco minutos do fim, o técnico José Pekerman
transformou Farid Mondragón em uma lenda viva: aos 43
anos, o goleiro reserva tornou-se o jogador mais velho a disputar uma partida
de Copa do Mundo, superando o camaronês Roger Milla (42, em 1994). Homenagem
feita, James Rodríguez fechou o placar com um golaço: 4 a 1. E a febre amarela
continua derrubando os adversários.
Na mitologia grega
é comum os deuses do Olimpo descerem à Terra para dar uma 'forcinha' aos seus
filhos preferidos. Embora seja pouco provável que Zeus tenha estado entre os 59
mil presentes no Castelão, em Fortaleza, é fato que o destino foi decisivo para o triunfo da Grécia e sua inferioridade técnica.
Com o jogo empatado
no segundo tempo — Samaris para os gregos e Bony para os marfinenses —, a Costa
do Marfim tropeçou em sua própria soberba, e na figura de Giovanni Sio cometeu
um pênalti infantil aos 47. Samaras cobrou e virou herói — não da mitologia,
mas da primeira classificação helênica para a segunda fase de um Mundial. Se o fantasma de 50
assusta, o de 2004 corre por fora.
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