Veni, Vidi, Vici
Massa e pizza. Com
certeza essa é a primeira coisa que vêm à cabeça quando falamos de Itália. Logo
imaginamos aquela mesa cheia de comida e com aquela grande família em volta
falando todos ao mesmo tempo. Mas ela é muito mais do que o país da comida
farta e do povo falastrão.
A quinta nação mais
populosa da Europa já foi o centro político e religioso do mundo ocidental. E
olhando para este passado talvez fique mais fácil entender a paixão de seu
povo pelos esportes, em especial o futebol. Afinal, desde 80 d.C. seu povo já
costumava vibrar e torcer nos grandes combates de gladiadores realizados no
Coliseu, o grande “estádio” da época.
Falando em futebol
— é para isso que estamos aqui —, a seleção da “terra da bota” vem ao Brasil
com a intenção de apagar o vexame da última Copa do Mundo, quando não passou sequer
da fase de grupos. Isso que fazia parte da mais fraca das chaves, com Paraguai,
Eslováquia e Nova Zelândia. E para piorar ainda mais as coisas para este ano,
caíram talvez no grupo mais difícil de todos, com mais dois campeões do mundo:
Inglaterra e Uruguai; além da fraca Costa Rica.
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ESSE É O CARA: O polêmico Mario Balotelli disputará sua primeira Copa do Mundo. E se o temperamento não atrapalhar, tem tudo para brilhar. |
Porém, nem tudo é
tão desanimador assim. Primeiro porque estamos falando de uma tetracampeã
mundial. E, só por isso, aquela camisa azul já impõe muito respeito. Depois, porque
após a pífia campanha na Copa de 2010, a Squadra
Azzurra conseguiu bons resultados nas duas últimas competições que
participou: o vice na Euro-2012 e a terceira posição na Copa das Confederações de
2013, passando pelas fortes seleções de Inglaterra e Alemanha na Euro e só
perdendo para a Espanha em ambos os torneios — no intercontinental, apenas nos
pênaltis.
O escrete comandado
por Cesare Prandelli vem para esta Copa com um time bastante renovado, sendo
sua base formada por seis jogadores da Juventus, atual tricampeã da Serie A.
Outra característica da Azzurra é a
mescla de jogadores experientes com jovens promessas. Para se ter uma ideia, o
jovem Matteo Darmian, do Torino, vestirá pela primeira vez a camisa da seleção
principal.
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FIQUE DE OLHO: Reserva, Ciro Immobile pretende ser o novo Totó Schillaci das Copas do Mundo. Com uma diferença: o título. |
Certamente os tifosi apostam todas as suas fichas nas
mãos do experiente Gigi Buffon, no entrosamento da zaga da Vecchia Signora, Bonucci, Chiellini e Barzagli, e nas bolas paradas
de Andrea Pirlo. Além, é claro, dos gols do polêmico — e matador — Mario
Balotelli.
Assim como o
imperador Júlio César, que após vencer cada batalha proclamava em alto e bom
som "veni, vidi, vici" (vim, vi, venci), os italianos estão loucos
para gritar
"pentacampeão".
NO ESQUEMA: 4-3-3
Esqueça aquela Itália retranqueira com uma defesa impenetrável. Prandelli avançou a linha de marcação e, ao mesmo tempo em que fortaleceu o sistema ofensivo, enfraqueceu lá atrás. Até porque Maldini e Baresi já se aposentaram há algum tempo.
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4-3-3 (clique para ampliar) |
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Histórico em Copas (clique para ampliar) |
José Alves Jr., o popular "Josu",
publicitário, são-paulino e camisa nº 19
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