segunda-feira, 9 de junho de 2014

Grupo E | Equador

Por Christian





Com 24 gols em 58 partidas, Christian Benítez, também conhecido por 'Chucho', é o terceiro maior artilheiro da seleção equatoriana. Peça-chave do time nas Eliminatórias, marcou quatro gols na campanha da classificação para a Copa, sendo o último deles na goleada contra o Paraguai por 4 a 1, que acabou de vez com as esperanças de Larissa Riquelme voltar a ser uma celebridade mundial. Benítez disputou sua última partida pelo selecionado do Equador há exatamente um ano. Desde então, jamais foi convocado novamente. E nem pudera. Christian faleceu em julho de 2013.

Vítima de um ataque do coração no meio da madrugada, o atacante equatoriano entrou para a lista de jogadores prematuramente mortos pelo mau funcionamento do órgão. Casos como o dele, infelizmente, são comuns no futebol. Quem não se lembra do camaronês Marc-Vivién Foé desmaiando no meio do gramado na semifinal da Copa das Confederações de 2003? E, mais ainda, do zagueiro Serginho, do São Caetano, que desabou em campo numa partida do Campeonato Brasileiro, em outubro de 2004.

Christian Benítez (no centro) comemora o seu último gol pela seleção equatoriana.























Nesta Copa do Mundo, todos os jogadores passarão por exames cardíacos, ainda que não se saiba com clareza quais medidas a serem tomadas em caso de risco de morte. Até porque seria realmente desastroso para a FIFA — que só pensa em si — algum atleta perder a vida diante de milhões de telespectadores no mundo todo.

 De certo, o Equador vem ao Brasil fragilizado não só pela perda de seu centroavante, mas também pela ausência de sua principal arma: a altitude. A equipe conquistou suas sete vitórias nas Eliminatórias jogando em casa, enquanto como visitante perdeu cinco das oito partidas. O estádio Atahualpa, em Quito, está localizado a 2.850 metros de altitude, e jogar lá nunca foi fácil nem para Brasil, nem para Argentina, nem para ninguém.

ESSE É O CARA: Felipe Caicedo foi o artilheiro do Equador nas Eliminatórias, com 7 gols.





















Fora isso, o Equador é um time comum. É difícil acreditar que possa fazer algo além de brigar com a Suíça pela segunda colocação do Grupo E. Os destaques existem, é verdade, mas Antonio Valencia, de um Manchester United em decadência, não é capaz de desequilibrar uma partida. No ataque, Felipe Caicedo terá que se virar sozinho sem a presença do amigo e ex-companheiro Cristian "Chucho" Benítez.

"Um compromisso, uma paixão, um coração. Tudo por você, Equador". É o que diz a mensagem gravada na lataria do ônibus que levará a seleção para lá e para cá durante o Mundial. Mas certamente todos os jogadores que se sentarem lá dentro pensarão consigo mesmo: "Tudo por você, Chucho".

FIQUE DE OLHO: Enner Valencia chegou à seleção como reserva e virou o substituto de Benítez.





















NO ESQUEMA: 4-2-3-1


O técnico Reinaldo Rueda armou uma equipe com meias ofensivos, que dão combate logo na saída de bola do adversário. O volante Noboa sobe bem ao ataque e costuma deixar os seus. Com dois Valencias caindo pelas pontas, Caicedo, isolado, fica responsável por botar a bola para dentro.


4-2-3-1 (clique para ampliar)





















Histórico em Copas (clique para ampliar)










Marcelo Martensen,
publicitário, estava no Morumbi no dia da morte de Serginho




27/10/2004 – São Paulo x São Caetano (Campeonato Brasileiro)


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